sábado, 28 de abril de 2012

Je me suis retrouvé

Quando você se afasta dos amigos, das pessoas, por um motivo ou por outro, você acaba encontrando quem você realmente é.
Ao menos comigo tem sido assim.
Estou afastada de (quase) tudo e de todos. Passo mais tempo comigo mesma, do que qualquer outra coisa que eu faça no dia. Tenho minhas manhãs cheias, eu sei. E sei que o que eu vivo durante as manhãs me influencia. Mas não como influenciava os meus amigos. Que sempre estavam comigo, falando suas idéias, ouvindo suas musicas, mostrando suas atitudes. E me influenciando.
Mas agora, não tenho mais essa presença constante de um amigo comigo. Estou mais sozinha, independente do motivo.

E acho que tenho me encontrado cada dia mais. Estou descobrindo quem eu realmente sou. Do que EU realmente gosto, sem ter tanta influencia. Descobri das musicas que prefiro ouvir, das coisas que prefiro fazer, dos meus horários, minha rotina. Ontem me realizei, pois descobri meu penteado perfeito.
E cada dia penso mais, e chego a conclusão de que isso tem sido uma verdade pra mim.
E estou gostando do que tenho descoberto em mim. Talvez um pouco mais de paciência aqui, mais requinte ali, e menos ciúmes, mais relevâncias, muitas e muitas alergias, e tantas outras coisas.
Tenho aproveitado muito a minha presença, mesmo uma vez ou outra sentindo falta de ter alguém ao meu lado. E os dias se passam mais facilmente, apesar do cansaço e dos estudos...
E sempre me aproveitando e me descobrindo. E, quem sabe, me surpreendendo.

'Apaixona-te pela tua existência.' Jack Kerouac

terça-feira, 17 de abril de 2012

Quem sabe...

Ah, faz tempo que prometo a mim mesma que vou escrever, vou escrever, mas nunca tenho tempo. É tão complicado.
Mas enfim, estamos aqui. Então...

Eu não estava tão louca assim, como eu achava. O suspiro não foi tão grande pra me tirar do chão (ou quem sabe, eu devo isso aos meus quilinhos a mais). E ai você falou comigo. Depois de tantas vontades minhas, você me deu aquele 'oi' tão sonhado e fantasiado e imaginado, e outros ados, por mim. E, nossa, eu não dormi! E sonhei com isso, e pensei nisso, e passei o dia todo sorrindo mais do que o normal! Se é que isso é possível!
Depois, eu quis mais... Mais do que só um 'oi, tudo bom?', ou um 'tchau', eu quero sempre mais, espero sempre mais ♪.
Mas dessa vez, não fui tão paciente como foi da primeira vez. Por mais que tenham me dito, eu não pude esperar por você (porra, você é muito lento!). Minha ansiedade, impulsividade, falaram mais forte. E então, dessa vez, eu fui e tomei a iniciativa. E te chamei pra falar comigo.
Então, enfim, conversamos. Depois de alguns meses de tantos olhares. Eu descobri seu nome, e um pouquinho de você. E você, um pouquinho de mim.
Ah, ai me realizei. E sorri (acho que ainda estou sorrindo)...
Foi bom saber o jeito que você fala, o seu perfume, saber que tinha a sua atenção. Naquele tempinho de sua vida, eu fiz parte. E descobrir um pouquinho sobre quem você é, o que você faz, sua idade, seus gostos, a sua pressa de sempre, hahahaha.
E notar que você é mais charmoso ainda de perto. E notar tantas outras coisas a mais, que a distância impedia.
É tão bom descobrir o novo. E a conquista, e conquistar, e tentar de novo. Não deixar com que as mágoas do passado influenciem o que está por vir. Poder se reciclar por tantas indas e vindas que virão. E esperar (ter esperança)!
E estou assim, e você me proporciona tudo isso. E mais. Me tirando da minha rotina.
E eu sei, se não for tudo o que eu espero, e se não for nada, Tudo bem. A gente foi feito pra isso mesmo. Poder seguir em frente, independentemente das conquistas não realizadas.
Ah, é tão bom suspirar pensando em você. E pensando que quinta você disse que vinha falar comigo. E chega tudo mas não chega essa tal de quinta.
São tantos suspiros, que vou acabar ficando sem ar...
E quem sabe, um dia, eu não possa te mostrar tudo isso que eu fui, e que eu imaginei, e que eu já escrevo agora sobre você...
Quem sabe...

'Só o coração sabe encontrar o que importa.' Fiódor Dostoiévski

domingo, 1 de abril de 2012

Sinestesias

Tantas coisas a serem feitas, tantas coisas a serem estudadas, aprendidas, ensinadas e exercitadas, que falta tempo para mim mesma. Para parar e pensar como eu estou, se estou bem, se estou feliz ou triste. Mas não estou reclamando. De modo algum. Até gosto dessa ocupação de tempo toda que eu tenho, pois só assim não fico pensando em besteiras, tantas besteiras. Não tenho tempo nem para ficar ansiosa (mas as vezes ela é imposta). Eu gosto de estudar, de aprender coisas novas. Existem tantas filosofias no mundo para serem estudaras, fatos para serem refletidos, e eu adoro parar e descobrir tudo isso... Enfim.
Ando sempre lendo, acho que por isso que me sinto feliz. Me realizo quando tenho um livro de cabeceira. E me deleito no ato de ler, e sonhar com tudo aquilo, com um mundo completamente diferente do qual sobrevivo.... São tantas coisas para serem ditas, mas nada de muito novo. Talvez seja essa a parte triste. Essa falta de novas sensações que o dia-a-dia me trazia. E que não ando tendo. Talvez seja a falta de me perder pensando em alguém, em possibilidades, em tantas coisas que eu sempre sonhei... As vezes, ainda assim, fica um vazio. Que vezenquando é sentido aqui ou ali, ontem ou daqui a alguns dias. Mas, mesmo nessa falta de tudo, segue minha esperança e determinação, de que tudo corre pra um fim melhor. O título, eu sei, não está de acordo com o texto, mas é só para que eu lembre de certos tempos que, se isolados de todo o contexto, foram bons e bem aproveitados.. 'É preciso sobreviver para atingir a idade da realização, para ser feliz. Não vale sair antes do jogo terminar.' Tom Jobim