domingo, 3 de maio de 2015

Mil e um motivos para ir, me prendo apenas a um para ficar.

“Eu gostava muito de você. Era tão bonito, era tão intenso. Acreditava no pra sempre. Imaginei uma casa, uma família, uma coisa só nossa. Um esconderijo, um refúgio, um paraíso. Cada vez que eu pensava em você me dava um calorzinho no peito. Cada vez que abraçava você o mundo parava de rodar por um segundo. E eu achava que aquilo era amor, achava que aquilo era o certo, achava que a gente era certo um na vida do outro. Mas não foi. Não fui. Não fomos. Não somos.”

Não sei porque ainda insisto em nós dois. Não sei porque eu gosto de você. Não sei o que eu vi em você. Não consigo ver um futuro entre nós. Não tem uma sintonia, uma sincronia. Não tem nada certo entre nós dois, têm? Por que se tiver, por favor me diga o que é, pois não enxergo nada. E ainda assim continuo aqui. Continuo gostando de você. Dizem que amor é sossego, mas será mesmo? Quem são eles para saber o que é o amor, ou pior, para definir um sentimento? Não sei... Também não sei se é amor ou apego, porque às vezes quero que você morra, que você suma da minha vida. Às vezes penso que você só me atrapalha, vendo de uma forma mais ampla, sabe?, de uma forma geral, de uma forma que se vê para o futuro, e não para pequenos momentos, de uma forma de se construir algo juntos, uma carreira, uma família, um LAR, um AMOR juntos. Não tenho nada do que quero, quase nada. E cada dia parece que tenho menos ainda. Menos carinho ainda, menos "meu amor estou com saudades vamos nos ver?", menos "eu gosto de você", menos vontade de vir me ver.

Todas as noites me pergunto a Deus o motivo de Ele ter te colocado em minha vida.

E, mesmo com tantos (e muito mais, que não foram relatados aqui) motivos para ir embora, ainda continuo aqui. Por quê, meu Deus? Por quê eu não desisto? Ando mais mal do que bem contigo. São só reclamações, cobranças, são só coisas ruins. Nem sempre, claro. Mas é o que acaba prevalecendo em meio a tudo.São só agressões de sua parte. E das piores, que é a verbal, a psicológica.

Acho que preciso mudar minha oração, de ao invés de perguntar o motivo, pedir para Ele me libertar de você. Não pode ser amor. Mas se não é amor, por que ainda insistimos nessa "relação" fadada ao fracasso?